quarta-feira, 25 de abril de 2012


  Quantos amores?! S erá mesmo que amei, seria uma forma de tentar preencher esse vazio em mim, essa solidão desesperadora, esses momentos em que fiquei naquele quarto quase enlouquecendo na Cia dos livros de romance que me faziam viajar e idealizar amores que até então pareciam impossíveis pra mim, mas essa ideia foi-se junto com muitas coisas que me faziam mal, permiti sair daqueles dias frustrantes, com lágrimas, momentos amargos, sozinho, hoje não quero lembrar daqueles homens, meninos ou moleques, o que me feriu com palavras,com atitudes das mais inimagináveis, o menino que não correspondeu as minhas intenções, minha paixão, esse rapaz que me confundiu tudo, me fez perder a cabeça e o controle, bem que poderíamos viver momentos loucos, bem que eu poderia ser seu porto seguro, mas não sei, não consigo entender o que se passa dentro dele, tudo é uma incógnita quando trata-se dele, e prefiro agora pausar esses pensamentos, esse sentimento que embora sem culpa muito machucou meu ser.  Agora estou aqui olhando o mar, sozinho, tão bem comigo, uma paz, aquela paz que há tanto desejei, minha cabeça não está mais sobrecarregada de pensamentos que até ontem me afligiam o ser, meu doce coração está em paz longe de toda aquela turbulência que não sei até quando, ausentou-se, agora desconheço a mim mesmo, aquela sensação de solidão foi-se embora, e incrivelmente sinto-me bem, muito bem, longe de pensamentos vãos.  Sinto que desviei o olhar, olho pra mim, e estou tão bem, tão amado, depois do meu amor próprio ainda tenho o amor dos meus e tantos ideais, que posso querer agora quando finalmente me encontrei, onde encontrei respostas para muitas coisas, no momento quero poder viver tudo isso, viver os dias, as noites, ousar, sorrir, fazer bobagens, e talvez apaixonar por um homem, um homem de verdade, que me olhe além da beleza exterior e veja o quanto sou rico por dentro, ele que olhe e me deseje e me admire, que não seja tão maduro e nem tão bobo, que faça comigo momentos especiais sem preço e sem pressa, que ouse fazer amor onde der vontade, do escuro da noite a luz do meio dia, e que o sexo seja o último, que antes venham caricias, beijos, amasso, olhares cheios de cumplicidade, um aperto de mão, um cheiro, sem perceber com tudo isso fazemos amor. Não, não quero o homem perfeito, apenas idealizo, o quero com defeitos, mas se quiser me surpreender é permitido, se quiser entregar um bilhete no cinema, mandar flores (rosas vermelhas), me falar obscenidades, me fazer sentir completo, por que não?! Todas as coisas boas são permitidas, até as mais loucas, mas não tenho mais pressa, deixarei fluir, até por que tenho muitas noites com amigos, algumas vodcas a tomar, muitos risos, quem sabe o encontre na pista da boate, quem sabe ele esteja no sinal?! Não sei, todos eles que passaram em minha vida foram a ponte para que eu mesmo me encontrasse.  Pensamentos loucos esses meu, tão bom estar aqui apreciando a beleza do mar, sem celular, sem horas, sem preocupação, enquanto lá atrás tudo está aquela correria, aquele barulho ensurdecedor, enquanto aqui estou  pensando em nada além de mim, grato por todas as pessoas, as que me feriram, machucaram tanto o ego, por que não fossem esse empurrão quem seria hoje? Sou alguém, tenho a delicadeza de uma dama, o drama de uma mulher, fui o drama, tenho  beleza do coração de uma criança, sou a ferocidade de um homem, tenho força, tenho voz, tenho o coração também meio endurecido, mas ainda choro, as vezes pra limpar o ser, sou tudo, mas não permito mais que me façam pensar que não sou nada. Não permito ninguém mais rasgar-me o interior, fazer-me gritar de dor, tudo agora é outra coisa, não outra vez, outra visão, um outro tipo de amor, amor meu.
Toda a inspiração em Gorete Alencar com a música Crazy de Seal.